quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

II Congresso da CSB propõe agenda de desenvolvimento e soberania do Brasil

Antonio Neto, ao centro, com o vice-presidente da República,
Michel Temer e o ministro do Trabalho, Miguel Rossetto.
Fotos: CSB
O auditório Planalto, localizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, foi tomado na noite de quarta-feira (24) por dirigentes sindicais de todo o País para abertura oficial do II Congresso da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB). No evento, que celebra quatro anos da Central, e que tem como motivação discutir caminhos para retomada do desenvolvimento nacional com independência e justiça social.

Estiveram presentes para compor a mesa de honra o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o ministro do Trabalho e Previdência Social Miguel Rossetto, o secretário especial do Trabalho José Lopes Feijó, o deputado federal Lincoln Portela (PR-MG), o deputado distrital Robério Negreiros (PMDB), o diretor da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil Stanley Gacek, além de Antonio Neto, presidente da CSB, e da diretoria executiva da Entidade.

Diante de plenária emocionada, Michel Temer destacou que “o Brasil precisa de unidade, precisa que todos deem as mãos, que reúnam suas convicções, suas esperanças, e o ideal de que nosso País é grandioso”. Para o vice-presidente, o crescimento e reconhecimento conquistados pela Central desde a sua fundação são provas inequívocas do trabalho árduo na defesa dos interesses nacionais.

“A ideia popular de que a união faz a força se revela aqui numa pujança, eu vejo a animação, as palavras que são ditas, as palmas que são ofertadas. Estou na vida pública há algum tempo, nossos ouvidos vão reconhecendo as palmas que cumprem um ritual e as que vêm do coração, e as daqui são do coração. Vocês prestam um serviço extraordinário ao Brasil. Esta Central causa impacto e incomoda desde o início, desde o seu primeiro Congresso [em 2012], por ser o discurso que se diferenciava de tudo que existia”, afirmou Temer.

Em sintonia com a relevância conquistada pela Central, o ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, tornou público durante sua fala o decreto, assinado pela presidente Dilma Rousseff (PT), a ser publicado no Diário Oficial da União, que garante representação da CSB no Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (CCFGTS) e no Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (CODEFAT). “A CSB tem tido a capacidade estratégica, correta, de lutar pelos direitos trabalhistas mais imediatos, mas ao mesmo tempo tem sido capaz de sustentar grandes debates democráticos que transformam nosso País na grande nação que queremos”, apontou Rossetto.

De acordo com o ministro, o esforço empreendido pela CSB dialoga diretamente com as prioridades do governo para 2016: a retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento nacional. “Todas as agendas que estamos construindo, que recusam o retrocesso, serão ampla e permanentemente debatidas no ambiente sindical de todo o País. É o trabalho que constrói o País, que constrói o Brasil. Quero, nesta abertura de Congresso, fazer um ato formal que traduz o reconhecimento do Estado e do Governo ao grande trabalho que vocês [dirigentes da CSB] estão fazem”, ressaltou o ministro.

O vice-presidente Michel Temer em momento descontraído
com Antonio Neto
Para ele, a programação dos próximos dois dias de Congresso, em que serão debatidos tema como o Programa de Desenvolvimento Nacional, o Sistema da Dívida e o paradoxo Brasil, a situação econômica mundial e o petróleo, O Trabalhismo e o Desenvolvimento, além da Reforma da Previdência no Governo Dilma Rousseff, é um “chamamento forte, atual e necessário” para todos os agentes engajados na construção de um Brasil soberano.

PRESIDENTE

Emocionado diante das homenagens recebidas, o presidente da Central, Antonio Neto, relembrou os anos iniciais de luta da entidade, cuja motivação sempre foi a de torna-se alternativa de organização para luta da classe trabalhadora. “Podemos afirmar hoje [quarta-feira], com muita certeza, que fomos e somos vitoriosos. Certamente fizemos história e superamos limites para ultrapassar todos e quaisquer desafios. Iniciamos este Congresso com a certeza de termos cumprido todos os nossos compromissos. Começamos com 70 sindicatos filiados, hoje temos 620 validados no Ministério do Trabalho. Mais de 20 a serem validados e 200 em fase de registro. Podemos quase que dizer que crescemos 20 vezes nesta jornada”, disse Neto.

Segundo o presidente, a Central tem se diferenciado pelo engajamento com que leva sua mensagem aos mais remotos cantos do Brasil. “Não há estado em que não tivesse um dirigente da CSB levando nossa mensagem. Conhecemos todos os cantos deste Brasil, não vimos em estatísticas, mas in loco, para que tivéssemos propriedade, e não retórica”, acentuou.

Sobre os desafios futuros que a CSB deve enfrentar na luta constante pelo desenvolvimento, com geração de renda e justiça social, Neto foi categórico: “Os desafios que estão por vir serão superiores, mas não temos medo dos desafios, se tivéssemos, jamais teríamos ousado construir a CSB. Por isso dizemos em alto e bom som: estamos prontos para lutar e não temos medo. Isso é CSB.”

Fonte: CSB