Na política, e na vida, não basta ter razão. É preciso criar
condições para que a razão se imponha. E o primeiro passo é buscar entender,
com clareza, o que ocorre. O Brasil saiu de um governo ruim, mas ligado ao
campo popular, para um governo muito pior e submisso ao grande capital.
E saiu não por meio do voto popular e sim de manobra
golpista urdida pelo então vice-presidente e seu peão na Câmara, Eduardo Cunha.
Observe. Os atuais mandantes trabalham com uma ideia só, reforma; no máximo,
balbuciam ajuste.
Quem não quer reforma – da casa, do carro, da bicicleta, do
sofá? Todo mundo. Reforma embute, portanto, conceito capciosamente positivo. E
nós? O campo sindical e popular tem de uniformizar o discurso, porque é o
acerto do discurso que ganhará corações e organizará cabeças – sem o que a
grande massa não irá para as ruas se defender.
Entendido o que ocorre no Brasil, compreendida a maldade da
reforma, a luta terá de ser contra as reformas – da CLT, da Previdência e da
Constituição.
A palavra reforma, em nosso repertório, deve ser repercutida
como golpe, golpe, golpe; corte, corte, corte; ataque, ataque, ataque. Reformar
quer dizer cortar. Cortar direitos será desamparar a sociedade e empobrecer a
massa trabalhadora.
É isso que devemos dizer, e demonstrar, a metalúrgicos,
bancários, químicos, comerciários, têxteis, servidores, professores, rurais
etc.
Falar com clareza; falar e repetir; repetir e transformar a
ideia em dados, números, imagens e gráficos. Começar por onde? Pela imprensa
sindical e pelos poucos setores da mídia onde temos penetração.
PS: Tomamos a liberdade de usar essa imagem – fortemente
expressiva – cujo autor desconhecemos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário